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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tributo a KOMBI Last Edition

Um pouco de História da KOMBI

O nome KOMBI vem do alemão "Kombinationsfahrzeug" que quer dizer "veículo combinado" (ou "veículo multi-uso", em uma tradução mais livre). O conceito por trás da Kombi surgiu no final dos anos 1940, ideia do importador holandês Ben Pon, que anotou em sua agenda desenhos de um tipo de veículo inédito até então, baseando-se em uma perua feita sobre o chassi do Fusca. Os primeiros protótipos tinham aerodinâmica terrível, porém retrabalhos na Faculdade Técnica de Braunschweig deram ao carro, apesar de sua forma pouco convencional, uma aerodinâmica melhor que a dos protótipos iniciais com frente reta. Testes então se sucederam com a nova carroceria montada diretamente sobre a plataforma do Fusca, porém, devido a fragilidade do carro resultante, uma nova base foi desenhada para o utilitário, baseada no conceito de chassi monobloco. Finalmente, após três anos passados desde o primeiro desenho, o carro ganhava as ruas em 8 de março de 1950. 

A kombi se tornou um dos principais símbolos da contracultura hippie, de 1960 até hoje. O grupo Brasmotor passou a montar o carro no Brasil em 1953 e a partir do dia 2 de setembro de 1957 sua fabricação - o que faz do veículo o primeiro Volkswagen fabricado no Brasil, e o que esta há mais tempo em produção. O Brasil é o único lugar no mundo onde o modelo ainda era produzido. 

A Kombi era um automóvel utilitário produzido pela Volkswagen. Foi fabricada ininterruptamente de meados de 1956 até 20 de dezembro de 2013, quando por força de um decreto, os carros a partir de 2014, deveriam ser dotados de freio tipo ABS e possuir air-bags, para todos os passageiros. É considerada a precursora das vans de passageiros e carga.

Sua construção robusta monobloco (sem chassi), suspensão independente com barras de torção, além da excêntrica posição do motorista no carro (sentado sobre o eixo dianteiro e com a coluna de direção praticamente vertical), o tornam um veículo simples e robusto, de baixo custo de manutenção. Sua motorização é um caso a parte: embora os modelos mas recentes possuam motores mais modernos, durante 50 anos o motor que equipou o veículo no Brasil foi o tradicional "boxer" refrigerado a ar, simples e muito resistente. Tal durabilidade geralmente superava em muito a do resto do carro, sendo comum nas ruas brasileiras ver carros totalmente destroçados, porém com o motor rodando perfeitamente. A despeito disso, a Kombi é um carro que, se usado dentro das especificações padrão, pode durar um longo período. Mas em 2013,a Kombi deixará de ser fabricada sendo substituída, possivelmente, pela Transporter T5, mas é chamda de apenas "transporter", dando inovação ao povo do Brasil, mas foi mais conhecida como "nova Kombi". 

1950: Ano de seu lançamento na Alemanha e inicio das vendas no Brasil, importada pelo Grupo Brasmotor (proprietario da marca Brastemp). Na traseira havia uma grande tampa do motor, que deu origem ao apelido "barndoor" (porta de celeiro). A Kombi era equipada com motor de 1100cc e 25cv. A partida era elétrica (na chave) ou manual (na manivela) 
1952: câmbio com 2ª, 3ª e 4ª marcha sincronizada. Vidro traseiro e parachoque traseiro foram adotados. Lançamento da versão pick-up e da versão de passageiros com 15 janelas, apelidada de Samba. 
1953: Início da montagem no Brasil, com as peças importadas (o chamado "sistema CKD", "Completely Knocked Down) ainda pelo Grupo Brasmotor. 
1954: motor 1200cc de 36cv 
1956: nova lanterna traseira 
1957: A Kombi começa a ser produzida no Brasil no dia 2 de setembro, com 50% de nacionalização de peças. O motor e câmbio ainda eram importados com 1200cc de 36 cv; câmbio "casca de amendoim" com 1ª seca e sistema elétrico de 6 volts 
1959: 06/59 Câmbio de 4 marchas totalmente sincronizado (a Kombi foi o 1º veículo brasileiro com 1ª marcha sincronizada); motor 1200 agora produzido no Brasil; tubos e batentes de proteção nos parachoques; a numeração do chassi passa para a chapa lateral do motor, ao lado da bateria; a manivela de partida também foi abandonada. 
1960: Lançamento da versão "Turismo", adaptada para camping. 
1961: 2ª série: Por exigência do Contran, a seta "bananinha" é proibida pois causava acidentes e diversos ferimentos no rosto dos pedestres, em seu lugar é adotado luzes intermitentes na dianteira (o famoso pisca "tetinha") e na traseira (tinha função de lanterna e pisca, pois a luz de freio ficava na tampa do motor); marcador de combustível no painel; encosto dianteiro com 3 posições de ajuste; o modelo "Luxo" agora passa a ser chamado "Especial". 
1962: Lanterna traseira "oval" bicolor; vidro traseiro maior 
1963: Adoção de vidros curvos nas laterais traseira 
1964: novo pisca dianteiro oval 
1965: paralama traseiro com vinco; 10 aletas de refrigeração do motor curvadas para fora 
1967: Motor 1500cc com 52cv; Lançamento da versão "Pick-up"; bancos individuais na dianteira; limpador de parabrisas de 2 velocidades; rodas aro 14; barra estabilizadora na dianteira; opcional: diferencial blocante para trafegar em terrenos com pouca aderência. 
1968: Sistema elétrico de 12 volts; parachoques de lâmina lisa 
1970: A Kombi ganha cintos de segurança e extintor de incêndio. 
1973: Volante de motor maior e nova embreagem com guia de rolamento; 2ª série: nova chave de seta em plástico. 
1974: botões do painel em plástico preto com desenho indicativo de suas funções, retrovisor externo na direita 
1975: Filtro de ar "seco" com elemento de papel; portinhola do tanque sem trava 
1976: Primeira reestilização, motor 1600cc. Inicialmente a Volks pretendia fazer a reestilização completa, deixando a Kombi nacional com a porta corrediça e as três janelas grandes e cada lado, mas, aparentemente para cortar custos, a fábrica escolheu combinar a frente (com as portas dianteiras) e a traseira (apenas as lanternas) do modelo internacional com a carroceria do modelo nacional, de 12 janelas laterais, tornando assim a carroceria do modelo fabricado de 1976 a 1996 uma exclusividade brasileira. O alternador passa a ser opcional. Modulador de frenagem no eixo traseiro e servo freio. 
1978: Adoção de junta homocinética nas rodas traseiras; motor 1600 com dupla carburação 
1979: Reforços na lataria garantem maior rigidez estrutural 
1981: Início das vendas do modelo com motor Diesel, refrigerado a água e radiador dianteiro. Utilizava o motor Diesel 1,5l que equipava o Passat exportação. Em 1981 os piscas traseiros voltam a ser na cor âmbar (eram vermelhos de 1976 a 1980). 
1982: Novo lançamento: Pick-up Kombi com cabine-dupla. 
1983: A Kombi ganha freios a disco na dianteira, novas rodas e calotas de perfil plano semelhante ao Fuscão. 
1984: Encosto de cabeça e cintos de 3 pontos nos bancos dianteiros. 
1992: A Volkawagem adota os primeiros equipamentos antipoluição, como catalisador e cânister. 
1997: Segunda reestilização, porta lateral corrediça. Finalmente o modelo ganhava porta corrediça e carroceria semelhante aquela conhecida no resto do mundo, embora o teto elevado em 11 cm seja único do modelo brasileiro. 
1998: motor 1600 com injeção eletrônica. 
2000: Último ano de fabricação da versão pick-up. 
2006: Novo Motor flex 1400cc refrigerado a água, introdução da grade dianteira para o radiador (essa grade é um pouco diferente da grade que já havia sido usada na Kombi a diesel nos anos 80) e painel de instrumentos com novos mostradores semelhantes aos do VW Fox da mesma época. 
2009: As mudanças são discretas. Há a adoção do "brake-light" (terceira luz de freio) de série na extremidade do teto, e nova grade dianteira levemente reestilizada com novas aletas para refrigeração. 
2013: Último ano de fabricação da Kombi. Uma versão especial foi criada com apenas 1200 unidades produzidas. As unidades serão numeradas com placa de identificação no painel. Nas laterais também se destacam os adesivos que identificam a série especial "56 anos – Kombi Last Edition".


















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