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domingo, 7 de agosto de 2016

Velas - Você sabe qual usar?

Para muita gente as velas são um mistério, principalmente para os novatos no Hobby que encontram muitas dificuldades em saber como cada componente do seu modelo funciona, atrapalhando o seu aprendizado.

Vamos mostrar em breve todos os componentes e como cada um deles funciona. 

Começamos com a VELA ou GLOW PLUG(GLOW = Incandescente), um elemento importante para o desempenho de seu modelo e o uso correto vai manter o motor em bom funcionamento, evitando quebras pelo simples desconhecimento.
São muitas as VELAS ou "GLOW PLUGS" existentes no mercado de modelismo, especificamente essas são velas INCANDESCENTES, como o próprio nome diz(GLOW), diferentes das velas usadas em carros e em motores a gasolina, que são de Eletrodos. As velas ou Glow Plugs possuem inúmeros fabricantes e diversas destinações como Aero, OffRoad, OnRoad, 2 Tempos, 4Tempos, etc.  


Mas, o que é uma vela incandescente? 
A vela incandescente funciona como uma lâmpada antiga. No seu interior existe um filamento que na verdade é uma resistência, então, ao ser aplicada energia elétrica(aquecedor de velas ou GLOW) essa resistência se aquece ao ponto de ficar avermelhada e o resultado é a geração de luz e calor. O combustível que usamos em nossos modelos é muito forte e altamente volátil, sendo capaz de explodir ao menor contato com uma fonte de calor, que neste caso será a vela aquecida.
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Com a explosão do combustível mais calor é gerado e assim a cada giro do motor, a própria explosão do combustível mantém a vela "acesa" sem a necessidade de aplicar mais energia elétrica.


Qual a diferença de uma vela de eletrodo?
A vela de eletrodo não é aquecida ao ser aplicada energia elétrica, ela gera uma fagulha capaz de detonar a gasolina que estiver na câmara de combustão do motor. Essa fagulha é resultado do acúmulo de energia na bobina que, no ponto certo, a ignição eletrônica libera essa energia para a vela formando uma faísca de até 4.000v.

Uma vela pode durar bastante tempo, mas é sempre bom verificar o estado do filamento e do corpo, pois isso afetará diretamente em seu desempenho. 
Fazendo uma leitura da vela, isso mesmo, leitura, você terá noção de como está o funcionamento de seu motor, pois a vela irá mostrar o que deve ser feito para melhorar a carburação de seu modelo. 


Por: Marco Daher
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Veja nas imagens abaixo como isso funciona.


VELA 1. - CARBURAÇÃO MUITO FINA (ou POBRE)
Esta vela veio de um motor que foi ajustado com a carburação muito fina (ou pobre). A carcaça está ligeiramente manchada de óleo, mas o filamento está claramente comprimido dentro do corpo da vela, então sabemos que ficou muito quente e quase foi derretido pelo calor da combustão. Se o motor tivesse continuado a funcionar nesta condição, o filamento teria derretido e caído para a câmara de combustão. Nesse ponto, você ficaria muito feliz se ele tivesse saído do motor através da porta de exaustão; caso contrário, poderia facilmente causar algum tipo de dano bastante sério ao motor.


VELA 2. - CARBURAÇÃO NORMAL
Esta é como deve ficar uma vela com a carburação bem acertada, tendo o filamento quase que intacto e razoavelmente limpo, resultado de um motor bem afinado. A carcaça também está relativamente limpa, então, é muito difícil estragar. O filamento da vela está brilhante e ainda não foi deformado por temperaturas de combustão excessivas ou travamento hidráulico causado pelo excesso de combustível.

VELA 3. - CARBURAÇÃO MUITO GORDA (ou RICA)
Esta Vela foi tirada de um motor que tinha sido carburado com uma mistura de combustível excessivamente gorda (ou rica). Os depósitos carbonizados no corpo da vela e no filamento formaram-se porque a vela não conseguia queimar todo o combustível recebido em excesso; certamente seria difícil dar partida e acelerar ao máximo.

VELA 4. - VELA VELHA E DESGASTADA
Esta vela está mais perto do ideal, mas é antiga e pode falhar em breve. Os lubrificantes no combustível e a temperatura gerada durante a combustão provocam descoloração no corpo da vela. Observe que o filamento está relativamente limpo e com uma cor branca fosca. Isto indica uma mistura de combustível um pouco magra. Um motor com esta regulagem gera uma boa potência, mas por ser relativamente magra, se houver uma ligeira mudança no clima (temperatura ambiente) o motor irá sentir a falta de combustível e perderá a potência.


As Velas (Glow Plugs) para Automodelos são fabricadas em dois tipos: STANDARD e TURBO

VELAS STANDARD
A principal diferença é bastante visível. A vela Standard é menor e possui uma arruela de vedação para evitar que a compressão do motor escape. Além disso, a base onde o filamento da resistência está soldado é reto. Outra diferença é a rosca da vela, que neste caso é mais grossa, ou em outras palavras, as ranhuras da rosca são mais afastadas. Cada tipo de vela só encaixa em seus motores específicos, sendo assim, não tente colocar uma vela TURBO em um motor de vela STANDARD e vice-versa.
A Vela STANDARD é usada normalmente em motores de automodelos não profissionais, com baixa rotação, independente da escala, do tipo ou do tamanho do motor.
Suas numerações variam de fabricante para fabricante, mas basicamente todos utilizam uma característica que é a do ambiente então, se você está em um lugar cuja temperatura é de 40°C, a vela recomendada é a n° P3. Conforme a temperatura ambiente vai caindo, sua escolha deverá mudar. Veja as tabelas de alguns fabricantes logo abaixo, com as indicações de cada vela para cada temperatura ambiente.

VELAS TURBO
Apesar do nome, o princípio da vela TURBO é o mesmo da vela STANDARD, porém, a vedação da compressão no cabeçote do motor se dá no formato cônico do pé da vela. Este formato é para que a vela se encaixe perfeitamente na espoleta, fazendo a vedação. Um pouco maior do que a vela STANDARD em seu comprimento, ambas possuem a mesma bitola sextavada de 7mm. Essa possui uma rosca fina, suas ranhuras são mais próximas uma da outra e possuem diferentes tipos para diferentes motores, onroad e offroad.
Especificamente desenvolvidas para motores de alta performance e alta rotação, esse tipo de vela tem que segurar o tranco para trabalhar em condições adversas com o mínimo de variação possível, levando ao modelista o resultado esperado em qualquer tipo de corrida.
No que se diz respeito a numeração das velas, vale o descrito anteriormente no tópico de velas STANDARD. Escolha a vela conforme a temperatura ambiente, e não se esqueça, uma vela "quente" não é necessariamente uma vela que esquenta mais que as outras mas é a adequada para temperaturas ambientes mais quentes, o mesmo se enquadra para velas frias.

DICAS:
- Sempre que um padrão de vela for alterado em seu modelo, de P3 para P5 por exemplo, e mesmo que a temperatura ambiente, umidade do ar e pressão atmosférica sejam as mesmas, uma nova carburação deverá ser feita, afinal você mudou completamente o tipo da vela.
Veja no LINK COMO REGULAR O CARBURADOR DE MOTORES NITRO.

- Verifique com o fabricante de suas velas o gráfico de uso de Temperatura Ambiente. Abaixo temos alguns gráficos dos principais fabricantes.

Por: Marco Daher

Veja na imagem abaixo como ficam as velas instaladas nas espoletas.


Como podemos observar na imagem acima, na espoleta STANDARD uma parte da vela acaba passando para a câmara de combustão, já na espoleta TURBO a vela fica faceada com o limite do orifício de instalação da vela, proporcionando um perfeito fechamento da câmara de combustão.

Outro detalhe importante na carburação e no uso dos vários tipos de velas é que dependendo do clima, a temperatura ambiente e a umidade, influenciam muito na afinação dos motores. Você pode estar com uma carburação perfeita às 15h00 no verão, se às 15h30 o tempo fechar e chuviscar, sua carburação já será alterada e o modelo sente essa mudança imediatamente. Claro que neste caso a mudança de carburação pode ser ajustada na hora abrindo ou fechando a agulha (veremos como isso funciona na próxima postagem).

Por: Marco Daher

Veja abaixo um gráfico mostrando os tipos de vela a serem usados em diversas Temperaturas Ambientes.




 Por: Marco Daher

Veja abaixo alguns LINKS Interessantes:












Por: Marco Daher

sábado, 6 de agosto de 2016

4ª Etapa do Paranaense 1/8 GT e 1/10 GP

A 4ª etapa foi realizada! Frio, neblina e depois o sol apareceu, mas só conseguimos realizar uma bateria da GT! Queda de energia!
Transcrição "IPSIS VERBIS" do Blog GT2-Paraná

O dia começou frio, 8ºC, e uma neblina forte que impedia a visualização da pista e muitos pilotos afirmando que "não tinha teto para pilotar", mas nos boxes a energia era total!

A 4ª etapa do Paranaense 1/8 GT contou com um grid recorde nos últimos dois anos - 12 pilotos, sendo 10 do Paraná e dois abnegados pilotos de Chapecó - SC e vizinhança que viajaram mais de 600 quilômetros para participar desta etapa. Os heróis foram Ângelo Carlos Strassburger e Edson Jordani que vieram acompanhados de suas companheiras e mecânicas. O grid e o congraçamento nos lembraram dos anos de ouro de 2011, 2012 e 2013 com uma média de 8 pilotos por etapa e disputas sempre acirradas.

Nesta etapa tivemos algumas estreias como Maurício Arruda Jr, Rafael Careca, Cláudio (me falta o sobrenome) e Edson Jordani.

Na 1/10 GP tivemos oito pilotos inscritos e sete para correr - o piloto Chico Lima pagou a inscrição mas não compareceu e esta etapa vale para descarte no caso dele.

1/8 GT
Depois que tivemos teto para pilotar e a pista secou, lá pelas 11:30 horas, foi realizada a tomada de tempo de cinco minutos com um novo método de largada: os carros foram liberados para o aquecimento e após os 3 minutos iniciou-se a tomada de tempo, sem que os carros retornassem aos boxes e fossem chamados para iniciar a tomada de tempo. O grid para a primeira bateria ficou assim:

Pole position - Helton Luiz Casa


Após o almoço foi dada a largada da primeira bateria as 13:45 horas, sol e temperatura agradável para um grid cheio com 12 carros. Largada limpa e sem problemas e o que vimos na pista foi uma disputa parelha entre os quatro primeiros colocados - Roberto Oliveira, Maurício Arruda Jr, Helton Luiz Casa e Rafael Careca. Roberto Oliveira terminou a prova com uma volta a mais do que os demais, graças a dois fatores: uma pilotagem sem erros (como os demais) e um motor econômico que lhe permitiu fazer apenas duas paradas para abastecimento enquanto os demais fizeram três paradas.

Muito boa a estreia de Maurício Arruda Jr que levou o troféu da volta mais rápida, na classificatória, abaixo dos 20s, e o troféu de segundo colocado na etapa. Rafael Careca, outro estreante, mostrou que tem bala na agulha e disputou um lugar no pódio até o final, terminando na mesma volta que o terceiro e segundo colocados. Djalma Mendes fez uma boa corrida, acabando em quinto lugar, com uma pane seca a menos de dois minutos do final da prova. Estava fazendo box para o Djalma e o chamei para um "splash and go" faltando quatro minutos para o final da prova e o tanque já tinha sete minutos de corrida, ele não ouviu e com o tanque já com oito minutos e ciente disso, decidiu seguir até o final. A decisão foi arriscada mas não o prejudicou no resultado final, pois não alcançaria o quarto colocado ou perderia a quinta colocação.

Esta etapa é para ser esquecida pelos pilotos Luckyan Quintino, Synnuhê Ramos e Marcos Silva que, com problemas nos carros, terminaram nas últimas posições.

A segunda bateria não chegou a ser realizada devido a um curto-circuito nas instalações da Fazenda Thalia, ocorrido no início do aquecimento para a primeira bateria da 1/10 GP. O diretor de prova aguardou o tempo previsto no regulamento e como a energia não voltou declarou encerrada a etapa.

A classificação da etapa da 1/8 GT ficou assim:


O Campeonato Paranaense 1/8 GT ficou assim:

1/10 GP

A etapa da 1/10 contou com oito pilotos inscritos e sete competindo. Na tomada de tempo de 10 minutos, valia a melhor volta e não a maior quantidade de voltas como na GT e neste quesito saiu-se vencedor o piloto Márcio Cichella com 18,724, seguido de Otávio Langowski com 18,907 e Edson Lima com 19,147.

Com a queda da energia na Thalia não foi possível a realização de nenhuma bateria e com o encerramento da etapa pelo diretor de prova ficou valendo as posições dos pilotos na tomada de tempo.

O único incidente e curioso, foi a desclassificação do piloto André Franchi por problemas na bolha, o que o deixou na oitava posição, abaixo do piloto Chico Lima que só pagou a inscrição e não compareceu.

A classificação da etapa ficou assim:

 

O Campeonato Paranaense 1/10 GP ficou assim:


Para quem quiser saber os tempos da classificação veja abaixo:


FOTOS







Alexandre Quintino desolado tentando acertar o carro do piloto Luckyan Quintino







O pódio da GT!

O pódio da 1/10 GP!


Veja abaixo alguns LINKS Interessantes:











Por: Marco Daher