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sábado, 26 de maio de 2018

CENTAX - O que é e como funciona?

Embreagens do tipo Centax - Descrições e diagramas de peças

A CENTAX é um tipo de embreagem centrífuga, ou seja, é acionada pelo giro do motor, mais comumente utilizada em automodelos de Performance com notável desempenho para corridas de âmbito mundial. Além disso, este é o tipo de embreagem mais fácil de ajustar. Nela existe uma mola helicoidal que a mantém na posição "desengatada" até que o motor atinja um determinado giro. A pré-carga da mola determina quanto tempo levará a embreagem para engatar: se você apertar a mola, levará mais tempo para engatar e soltando a mola, ou seja, diminuindo a carga da mola, a embreagem irá engatar mais rapidamente. 

As embreagens Centax possuem uma grande vantagem com relação aos outros tipos de embreagem, visto que podem ser ajustadas sem a necessidade de se remover o motor do automodelo. (Para ajustar uma embreagem centrífuga padrão, talvez seja necessário remover o seu motor.) 

Para ajustar a CENTAX com o melhor rendimento para o seu tipo de pilotagem e pista a ser usada, comece com a tensão de mola mais leve, testando sempre o modelo na pista e avaliando o tempo de resposta do arranque. Gire a porca de tensão sempre em 1/8 de volta entre as execuções de teste até que você perceba uma melhora no giro do motor e no arranque do modelo..

As partes
Observe o diagrama com uma visão explodida abaixo e vamos identificar cada parte da CENTAX e sua função no conjunto. Observe que este tipo de embreagem só está disponível para motores com o virabrequim do tipo "SG".


 1. Parafuso de Retenção e Espaçador 

O conjunto do Sino da Embreagem é mantido no lugar na Centax por um parafuso de ajuste com padrão de tamanho M3 Allen, embora os fabricantes possam variar esse tamanho.
O espaçador mantém qualquer folga final necessária para o conjunto do sino trabalhar em conjunto com o THRUST. 

2. Rolamento THRUST

Devido à maneira como esse tipo de embreagem opera, é necessário um tipo especial de rolamento que terá de suportar uma força axial (lateral). A característica desse rolamento é que ele funciona permitindo que um parafuso seja apertado sem deixar o eixo onde está ligado travado. Como mostra a imagem, ele funciona como duas arruelas externas com uma série de esferas dispostas circularmente em uma outra arruela central.

Há uma modificação que foi tentada usando rolamentos normais, porém, não teve sucesso e por essa razão esse tipo de rolamento é o mais indicado para a função.

3. Sino da Embreagem e Pinhões

Não há muito o que dizer sobre o sino da embreagem, além do fato de que ele é abaulado para se acomodar perfeitamente à forma da sapata inteiriça da embreagem e ser muito mais leve que os outros tipos de sino. Os Pinhões são separadas do Sino da Embraiagem sendo instalados por rosca inversa, o que facilita a substituição no caso de quebra ou simplesmente o desgaste natural ocasionado pelo uso, e o principal é que podem ser substituídos independentemente um do outro(1ª ou 2ª marcha). 

4. Rolamentos de Sino da Embreagem

Os rolamentos da embreagem estão lá para suportar a carga radial das engrenagens e permitem que o sino funcione livremente quando a embreagem não estiver engatada.

5. Porca de Tensão e a Mola de Tensão

Estes dois itens são bastante fáceis de entender, a Porca é usada para ajustar a pré-carga na Mola alterando-se assim o momento de engate da embreagem. Mais tensão na mola mais demorado o engate da embreagem, já com menos tensão na mola a embreagem engata mais rapidamente. 

6. Berço da Mola, Sapata Inteiriça de Embreagem e Placa de Estabilização

O Berço da Mola é necessário para impedir que a mola passe pela placa de Estabilização neutralizando o efeito da tensão a ser aplicada na embreagem. A Placa de Estabilização mantém a Sapata Inteiriça separada das Sapatas Centrífugas permitindo que elas deslizem sobre sua superfície quando abrirem em razão do giro do motor, o que fará com elas empurrem para frente a Placa de Estabilização e consequentemente a Sapata Inteiriça contra o Sino da Embreagem. A Sapata Inteiriça geralmente é feita de PTFE(Politetrafluoretileno que é um polímero conhecido mundialmente pelo nome comercial Teflon, marca registrada de propriedade da empresa DuPont).

7. Sapatas Centrífugas - Flyweights 

As Sapatas Centrífugas ou Contrapesos (que também podem ser feitos de PTFE) são as partes que fornecem os meios para que o movimento centrífugo seja transferido para um movimento axial. Algumas possuem furos adicionais, além daqueles onde serão instalados no FlyWheel, para que sejam colocados pesos adicionais, tornando assim a embreagem mais rápida e com mais força.

8. Volante do Motor(FlyWheel) e Porca do Volante

O Volante do Motor ou FLYWHEEL, é a peça que suportará e transferirá toda a força do motor para a embreagem, ligando o Virabrequim a todo o conjunto da CENTAX. Nele estão os eixos das Sapatas e a porca que segura a Mola de Tensão. 

Já a Porca do Volante possui duas funções, sendo a primeira a de segurar o FlyWheel no Virabrequim empurrando o Volante contra o Cone do Volante instalado no eixo.

9. Cone do Volante e Calços(Arruelas) 

O cone do volante atua como um meio preciso para centralizar o volante no virabrequim do motor. Os calços(arruelas) são usados ​​para definir a distância do volante a partir da extremidade do eixo, de modo que a quantidade correta de folga final (folga livre) possa ser definida para a operação adequada da embreagem. 


Centax - Como elas funcionam?

O nome CENTAX é originário da marca Serpent Model Cars que foi a primeira empresa que utilizou esse nome para definir este tipo de embreagem. Hoje em dia esse nome se tornou sinônimo dessa embreagem. 

Como funciona a embreagem Centax

As embreagens do tipo Centax operam como qualquer outra embreagem usada em Automodelos Rádio Controlados, convertendo a força centrífuga que a velocidade do volante do motor gera em um movimento que conecta a força motriz do motor para a transmissão. 

A imagem mostrada ao lado, mostra uma vista em corte de um conjunto típico de embreagem do tipo Centax. Todas as partes foram identificadas em cores distintas. 

Basicamente, essa embreagem funciona da seguinte maneira: 

O volante do motor gira em razão da rotação do virabrequim e os contrapesos (amarelos) são então submetidos à força centrífuga e tentam se mover para fora, porém, por causa dos lados diagonais do volante, os flyweights(SAPATAS CENTRÍFUGAS) se movem para frente usando as laterais cônicas, o que os faz se moverem em uma direção diagonal (tanto vertical quanto horizontalmente). 

É esse movimento que força a sapata da embreagem (vermelha) contra o sino da embreagem (cinza).


Este princípio será melhor compreendido pelo estudo da animação acima, na qual algumas das partes foram removidas para maior clareza. A animação mostra como a força centrífuga (que a velocidade do motor gera) faz com que os contrapesos (amarelos) deslizem pelas rampas no interior do volante(cinza) e forçam a sapata da embreagem (vermelha) contra o Sino(cinza). 

O propósito da mola e sua porca de ajuste associada (azul claro) é fornecer um meio para controlar como e quando as sapatas da embreagem se encaixam. A mola é pressionada contra os flyweights e fornece resistência contra eles em movimento. Se você apertar a porca de ajuste(pré-carga) a mola forçará a sapata e a embreagem demorará mais a engatar. Isso exige mais força centrífuga do volante giratório para superar a resistência da mola e permitir a movimentação dos contrapesos(FlyWeights). Por outro lado, se você soltar a porca de ajuste, haverá menos pré-carga na mola e menos força centrífuga será necessária para superar a resistência da mola. 

Quando a velocidade do motor diminui, a quantidade de força centrífuga também diminui até o ponto em que a força da mola é capaz de retornar os contrapesos e a sapata da embreagem à sua posição anterior, portanto, desengatando o acionamento para a transmissão. 

A porca da mola não é o único ajuste que pode ser feito no funcionamento da embreagem. Como a embreagem funciona pelos contrapesos empurrando a sapata da embreagem lateralmente, a quantidade de folga livre também afeta quando a embreagem engata. 


Todo o conjunto empurra o parafuso de retenção na extremidade do virabrequim, portanto, se ele estivesse mais distante, teria que se mover uma distância maior antes de engatar. Por outro lado, se fosse mais perto do volante, levaria menos movimento dos pesos para engatar a embreagem. Ajustar esta folga final pode ser feito de várias maneiras, a solução mostrada usa um adaptador com rosca. Simplesmente apertar ou afrouxar a porca permite que a folga final(GAP) seja ajustada sem qualquer desmontagem. 
Já no ajuste que utiliza as arruelas espaçadoras, a desmontagem se faz necessária, pois deve instalar as arruelas por trás do Volante do Motor. Como existem dois métodos diferentes de ajustar o engate da embreagem, você pode usá-los para obter diferentes efeitos. Uma medição maior da folga final dá mais movimento e também renderá um engate mais duro, já que há espaço para um aumento significativo no momento do conjunto de sapatas flyweight engatar. 

Confiabilidade

As embreagens do tipo Centax são de montagem razoavelmente simples e altamente confiáveis ​​e seu desempenho supera em muito qualquer outro tipo de embreagem disponível atualmente. 

O único ponto fraco em muitas das embreagens do tipo Centax são os rolamentos de pequeno diâmetro que são usados, isso é especialmente danoso ao funcionamento da embreagem pois quebram com mais facilidade. A exceção a isso foi a embreagem PB Racing PBTec, que usou um rolamento maior e melhor especificado. 

Considerando as forças envolvidas, os rolamentos duram algum tempo, mas a manutenção cuidadosa aumentará em muito suas vidas. Os rolamentos THRUST especialmente requerem lubrificação freqüente com uma graxa de boa qualidade. O dissulfeto de molibdênio (MoS 2) é considerado o melhor lubrificante para uso geral, embora existam alternativas mais caras. 

Por que usar PTFE para as Sapatas de Embreagem?

Como o PTFE é usado para coisas como panelas antiaderentes, parece ilógico usar em um sistema de embreagem. A embreagem do tipo CENTAX depende totalmente da força centrífuga dos contrapesos para calçar as Sapatas contra o Sino da Embreagem. O uso de PTFE impede que as Sapatas grudem ao sino da embreagem, juntamente com uma grande resistência ao calor e proporcionam engate e desengate precisos. 

Rolamentos THRUST e Como Funcionam 

Os Rolamentos Axiais THRUST são um tipo especial de rolamento e que são usados ​​em sistemas de embreagem de automodelos Radio Controlados de grande performance e são geralmente conjuntos de três partes. 

Explicação Básica 

Os rolamentos axiais THRUST são projetados para suportar cargas axiais, isto é, uma carga que é perpendicular (em 90 graus) ao eixo no qual está montado. Isso é necessário para que as embreagens do tipo Centax, usadas nos automodelos de alto desempenho que temos hoje, sejam capazes de suportar a pressão das embreagens e os impactos causados pelo alto giro dos motores. 

  




Diferentes vistas de um rolamento THRUST são mostradas acima. As partes externas são as pistas de rolamento e geralmente são feitas de aço cromado endurecido. A parte interna é composta da gaiola do rolamento, que geralmente é feita de latão, e sua função é segurar as esferas de aço em seu devido lugar. 

Manutenção 

Os Rolamentos THRUST exigem lubrificação muito freqüente, porque qualquer graxa, óleo ou lubrificante aplicado por você, estará sujeito à força centrífuga e sempre será lançado longe do local onde é necessária a lubrificação. Se o seu Sino de Embreagem tiver uma tampa contra poeira, use-o pois ele impedirá que a graxa desapareça muito rapidamente e evitará que a sujeira se acumule nas partes lubrificadas. 

Por: Marco Daher
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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Lançamento O.S. SPEED B2102 - Motor .21 de Perfil Baixo(Low Profile)

SPEED B2102 Buggy Engine Escala 1/8 de Competição           Perfil Baixo = Alto Desempenho

Apenas um olhar para o motor Speed ​​B2102 e você vai notar: o cabeçote do cilindro é significativamente menor do que aqueles encontrados em motores semelhantes o dito "LOW PROFILE" que significa "PERFIL BAIXO"E definitivamente parece bastante interessante, mas parecer é apenas uma pequena parte dele. O perfil mais baixo do Speed ​​B2102 desce o centro de gravidade por impressionantes 17 milímetros. Isso impulsiona a pilotagem de seu buggy ganhando tempo de pista, que pode ser um verdadeiro ponto de diferença no dia da corrida. Monte o seu SPEED B2102 em seu Buggy e você vai voar baixo, enquanto os outros vão para casa.
  • Revelado e testado no Campeonato Mundial IFMAR 1/8 de 2016
  • Abrace a pista e conquiste as curvas como nunca antes, e sem sacrificar o desempenho de refrigeração
  • Rolamentos de cerâmica permitem que você funcione mais frio sem manipulação especial ou limpeza - eles também são mais leves, criam menos atrito e duram mais do que rolamentos de aço
  • Desfrute de até dez minutos de tempo de funcionamento por tanque com o carburador 22C mais económico do SPEED B2102
  • As inovações de velocidade do O.S. incluem um eixo virabrequim com revestimento de tungstênio e diamantado com encapsulamento de silicone
  • Também disponível com PIPA T2090SC



O perfil mais baixo da Speed ​​B2102 desce o centro de gravidade por impressionantes 17 milímetros.


Especificações

Números de estoque:
OSMG2064
OSMG2065 com silencioso T2090SC

Deslocamento:
0,211 cu (3,46 cc)

Furo
0,646 pol (16,40 mm)

STROKE:
0,646 pol (16,40 mm)

RPM prático:
4.000-42.000

Potência:
2,65 PS / 2,61 hp @ 34 000 rpm

Peso:
12,25 onças (347 g)

Inclui:
Vela P3 turbo plug, Venturi de 6,0 milímetros instalado, Venturi de 6,5 milímetros extra, Gascket de escape, tampas de poeira (3, 16 e 18 mm)

Requer:
Combustível 30% nitrometano, filtro de combustível, aquecedor de vela, caixa de partida, mangueiras de combustível com 2,5 mm, almotolia de combustível ou pistola, PIPA ou conjunto para OSMG2064 (OSMG2953 é recomendado), e amaciamento.

Por: Marco Daher



Veja abaixo alguns LINKS Interessantes:











Por: Marco Daher

domingo, 7 de agosto de 2016

Velas - Você sabe qual usar?

Para muita gente as velas são um mistério, principalmente para os novatos no Hobby que encontram muitas dificuldades em saber como cada componente do seu modelo funciona, atrapalhando o seu aprendizado.

Vamos mostrar em breve todos os componentes e como cada um deles funciona. 

Começamos com a VELA ou GLOW PLUG(GLOW = Incandescente), um elemento importante para o desempenho de seu modelo e o uso correto vai manter o motor em bom funcionamento, evitando quebras pelo simples desconhecimento.
São muitas as VELAS ou "GLOW PLUGS" existentes no mercado de modelismo, especificamente essas são velas INCANDESCENTES, como o próprio nome diz(GLOW), diferentes das velas usadas em carros e em motores a gasolina, que são de Eletrodos. As velas ou Glow Plugs possuem inúmeros fabricantes e diversas destinações como Aero, OffRoad, OnRoad, 2 Tempos, 4Tempos, etc.  


Mas, o que é uma vela incandescente? 
A vela incandescente funciona como uma lâmpada antiga. No seu interior existe um filamento que na verdade é uma resistência, então, ao ser aplicada energia elétrica(aquecedor de velas ou GLOW) essa resistência se aquece ao ponto de ficar avermelhada e o resultado é a geração de luz e calor. O combustível que usamos em nossos modelos é muito forte e altamente volátil, sendo capaz de explodir ao menor contato com uma fonte de calor, que neste caso será a vela aquecida.
Clique AQUI para Saber Tudo sobre Combustíveis Nitro.
Com a explosão do combustível mais calor é gerado e assim a cada giro do motor, a própria explosão do combustível mantém a vela "acesa" sem a necessidade de aplicar mais energia elétrica.


Qual a diferença de uma vela de eletrodo?
A vela de eletrodo não é aquecida ao ser aplicada energia elétrica, ela gera uma fagulha capaz de detonar a gasolina que estiver na câmara de combustão do motor. Essa fagulha é resultado do acúmulo de energia na bobina que, no ponto certo, a ignição eletrônica libera essa energia para a vela formando uma faísca de até 4.000v.

Uma vela pode durar bastante tempo, mas é sempre bom verificar o estado do filamento e do corpo, pois isso afetará diretamente em seu desempenho. 
Fazendo uma leitura da vela, isso mesmo, leitura, você terá noção de como está o funcionamento de seu motor, pois a vela irá mostrar o que deve ser feito para melhorar a carburação de seu modelo. 


Por: Marco Daher
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Veja nas imagens abaixo como isso funciona.


VELA 1. - CARBURAÇÃO MUITO FINA (ou POBRE)
Esta vela veio de um motor que foi ajustado com a carburação muito fina (ou pobre). A carcaça está ligeiramente manchada de óleo, mas o filamento está claramente comprimido dentro do corpo da vela, então sabemos que ficou muito quente e quase foi derretido pelo calor da combustão. Se o motor tivesse continuado a funcionar nesta condição, o filamento teria derretido e caído para a câmara de combustão. Nesse ponto, você ficaria muito feliz se ele tivesse saído do motor através da porta de exaustão; caso contrário, poderia facilmente causar algum tipo de dano bastante sério ao motor.


VELA 2. - CARBURAÇÃO NORMAL
Esta é como deve ficar uma vela com a carburação bem acertada, tendo o filamento quase que intacto e razoavelmente limpo, resultado de um motor bem afinado. A carcaça também está relativamente limpa, então, é muito difícil estragar. O filamento da vela está brilhante e ainda não foi deformado por temperaturas de combustão excessivas ou travamento hidráulico causado pelo excesso de combustível.

VELA 3. - CARBURAÇÃO MUITO GORDA (ou RICA)
Esta Vela foi tirada de um motor que tinha sido carburado com uma mistura de combustível excessivamente gorda (ou rica). Os depósitos carbonizados no corpo da vela e no filamento formaram-se porque a vela não conseguia queimar todo o combustível recebido em excesso; certamente seria difícil dar partida e acelerar ao máximo.

VELA 4. - VELA VELHA E DESGASTADA
Esta vela está mais perto do ideal, mas é antiga e pode falhar em breve. Os lubrificantes no combustível e a temperatura gerada durante a combustão provocam descoloração no corpo da vela. Observe que o filamento está relativamente limpo e com uma cor branca fosca. Isto indica uma mistura de combustível um pouco magra. Um motor com esta regulagem gera uma boa potência, mas por ser relativamente magra, se houver uma ligeira mudança no clima (temperatura ambiente) o motor irá sentir a falta de combustível e perderá a potência.


As Velas (Glow Plugs) para Automodelos são fabricadas em dois tipos: STANDARD e TURBO

VELAS STANDARD
A principal diferença é bastante visível. A vela Standard é menor e possui uma arruela de vedação para evitar que a compressão do motor escape. Além disso, a base onde o filamento da resistência está soldado é reto. Outra diferença é a rosca da vela, que neste caso é mais grossa, ou em outras palavras, as ranhuras da rosca são mais afastadas. Cada tipo de vela só encaixa em seus motores específicos, sendo assim, não tente colocar uma vela TURBO em um motor de vela STANDARD e vice-versa.
A Vela STANDARD é usada normalmente em motores de automodelos não profissionais, com baixa rotação, independente da escala, do tipo ou do tamanho do motor.
Suas numerações variam de fabricante para fabricante, mas basicamente todos utilizam uma característica que é a do ambiente então, se você está em um lugar cuja temperatura é de 40°C, a vela recomendada é a n° P3. Conforme a temperatura ambiente vai caindo, sua escolha deverá mudar. Veja as tabelas de alguns fabricantes logo abaixo, com as indicações de cada vela para cada temperatura ambiente.

VELAS TURBO
Apesar do nome, o princípio da vela TURBO é o mesmo da vela STANDARD, porém, a vedação da compressão no cabeçote do motor se dá no formato cônico do pé da vela. Este formato é para que a vela se encaixe perfeitamente na espoleta, fazendo a vedação. Um pouco maior do que a vela STANDARD em seu comprimento, ambas possuem a mesma bitola sextavada de 7mm. Essa possui uma rosca fina, suas ranhuras são mais próximas uma da outra e possuem diferentes tipos para diferentes motores, onroad e offroad.
Especificamente desenvolvidas para motores de alta performance e alta rotação, esse tipo de vela tem que segurar o tranco para trabalhar em condições adversas com o mínimo de variação possível, levando ao modelista o resultado esperado em qualquer tipo de corrida.
No que se diz respeito a numeração das velas, vale o descrito anteriormente no tópico de velas STANDARD. Escolha a vela conforme a temperatura ambiente, e não se esqueça, uma vela "quente" não é necessariamente uma vela que esquenta mais que as outras mas é a adequada para temperaturas ambientes mais quentes, o mesmo se enquadra para velas frias.

DICAS:
- Sempre que um padrão de vela for alterado em seu modelo, de P3 para P5 por exemplo, e mesmo que a temperatura ambiente, umidade do ar e pressão atmosférica sejam as mesmas, uma nova carburação deverá ser feita, afinal você mudou completamente o tipo da vela.
Veja no LINK COMO REGULAR O CARBURADOR DE MOTORES NITRO.

- Verifique com o fabricante de suas velas o gráfico de uso de Temperatura Ambiente. Abaixo temos alguns gráficos dos principais fabricantes.

Por: Marco Daher

Veja na imagem abaixo como ficam as velas instaladas nas espoletas.


Como podemos observar na imagem acima, na espoleta STANDARD uma parte da vela acaba passando para a câmara de combustão, já na espoleta TURBO a vela fica faceada com o limite do orifício de instalação da vela, proporcionando um perfeito fechamento da câmara de combustão.

Outro detalhe importante na carburação e no uso dos vários tipos de velas é que dependendo do clima, a temperatura ambiente e a umidade, influenciam muito na afinação dos motores. Você pode estar com uma carburação perfeita às 15h00 no verão, se às 15h30 o tempo fechar e chuviscar, sua carburação já será alterada e o modelo sente essa mudança imediatamente. Claro que neste caso a mudança de carburação pode ser ajustada na hora abrindo ou fechando a agulha (veremos como isso funciona na próxima postagem).

Por: Marco Daher

Veja abaixo um gráfico mostrando os tipos de vela a serem usados em diversas Temperaturas Ambientes.




 Por: Marco Daher

Veja abaixo alguns LINKS Interessantes:












Por: Marco Daher