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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Dicas e Truques - Aquecedor de velas na caixa de partida


Veja como fazer um circuito para usar a bateria da Caixa de Partida no Ni-Starter.


Já aconteceu com você de algumas vezes a bateria do aquecedor de velas descarregar e você ficar sem dar partida no Automodelo bem na primeira hora da diversão? E depois você perde um tempão para recarregar o aquecedor, seja na bateria do carro ou na tomada…

Pois bem, a ideia é montar um circuito que alimente o aquecedor de velas, sem queima-la, e que transforme os 7,4v das baterias das caixas de partida ou os 12v da bateria do seu carro ou quando você usa uma bateria de LiPo com 3 ou 4 células, em algo parecido com os 1,2V da bateria do aquecedor de velas (Ni-Starter ou Glow) ou dos 1,5v de pilhas comuns que também podem ser usadas. 

No mercado de modelismo já existem muitos produtos com esta função, e alguns já vêm com a caixa (ou mesa) de partida, porém, são caros e o Hobbysta iniciante acaba sem ter opção. Mas a ideia aqui é fornecer uma sugestão de baixo custo, de boa qualidade, de fácil montagem e que pode ser adaptado ao aquecedor que você já usa, desde que seja aquele onde se permite substituir a bateria facilmente. 


O circuito é simples, mas a montagem da placa exige um certo conhecimento de eletrônica. Mas se for complicado demais para você, peça para alguém com um pouco mais de conhecimento sobre eletrônica como seu primo, irmão, tio, vizinho, amigo, ou quem quer que seja.


Vale lembrar que o autor desse projeto, criou este circuito pensando no uso em Aeromodelos. Normalmente este circuito é montado em uma caixa de campo que possua um amperímetro, desta forma, ele adotou os resistores “RM” a fim de adaptar a corrente para a caixa de partida. No caso do Automodelismo não se costuma medir esta corrente, portanto, não há necessidade destes componentes.
Este circuito tem um projeto seguro, robusto e foi montado e testado por pessoa experiente que comprova que realmente funciona. Além disso, o circuito utiliza componentes comuns, é compacto e ajustável.
Existem muitos outros circuitos para este fim na Internet, basta você procurar por “glow plug driver”, mas muitos deles são mais complexos, alguns chegam a utilizar micros controladores programáveis o que eleva o custo e a complexidade da montagem, o que não é o intuito dessa matéria, e sim mostrar aos Hobbystas que é possível montar um circuito com essa finalidade, com pouco dinheiro e pouco conhecimento e com um retorno muito grande. Assim irá acabar com aquela história de perder um tempão no fim-de-semana com seu modelo por causa de bateria fraca do Glow. 

A Montagem
Existem diversas maneiras de se montar o circuito. O processo descrito aqui é apenas um exemplo de como pode ser feito.

A Placa de Circuito Impresso
Afim de facilitar a montagem, foi utilizada uma placa de circuito impresso padrão, também conhecida como placa universal, que já vem perfurada e com trilhas de cobre pré-definidas. Outra opção é confeccionar a placa, vai dar mais trabalho, mas o resultado é bem melhor.

Tanto a fabricação da placa de circuito como a montagem em si, a identificação dos componentes, a pinagem, etc., exigem um certo conhecimento de eletrônica, e este é o momento certo para pedir ajuda aos “universitários” citados na introdução.

Vamos utilizar um outro exemplo de placa fabricada, onde as trilhas se conectam diretamente com os componentes, cada um em seu devido lugar. O circuito pode ser considerado como um módulo (uma caixa preta) de onde saem as seguintes conexões:

2 fios para a bateria – alimentação (+) positiva e (-) negativa
2 fios para aquecedor de vela (+) positivo para o pino da vela e (-) negativo para o corpo da vela.



Montagem na Caixa de Partida (ou mesa)

Foi necessário fazer os furos na lateral da caixa de partida para os BORNES de Conexão dos Pinos Banana (positivo e negativo) e mais um furo para fixação do Potenciômetro. Uma pequena chapa de alumínio foi colocada para reforçar o trabalho. A placa de circuito pode ser fixada com Cola Quente ou com parafusos, desde que os furos não afetem as trilhas.



Vista lateral externa da caixa com o potenciômetro e os bornes já instalados.



Vista interna da caixa de partida com a chapa de alumínio instalada como reforço.


Montagem do Aquecedor de Vela

O grande desafio era substituir a bateria do aquecedor de vela. A solução encontrada foi usar uma rolha como suporte e duas arruelas de 15mm como polos da bateria.
Depois de ter escolhido a melhor rolha para o serviço, faça um ligeiro lixamento nas extremidades para que as pontas fiquem retas, assim a colocação dos fios e das arruelas ficará mais fácil e com melhor acabamento. 

 
  
Os materiais indicados para o projeto são fáceis de serem encontrados e possuem baixíssimo custo, além de serem os melhores para a finalidade pretendida. Vamos utilizar um metro e meio de Fio Paralelo Bicolor para facilitar a identificação dos polos Positivo e Negativo. Separe também duas arruelas de 15mm de diâmetro, que são ligeiramente menores que o diâmetro da rolha, e dois parafusos de rosca sem fim de 15mm.

 
       
A Rolha Plástica Emborrachada facilita a colocação dos parafusos, mas é bom ter cuidado para que não aperte demasiadamente danificando assim o aperto.

Para que a fiação seja melhor acomodada dentro do Glow e não cause muita pressão na hora de ser instalada a rolha, faça um chanfro no topo e na lateral da rolha a uma profundidade suficiente para que o fio seja bem acomodado.



Faça um furo na lateral do corpo do aquecedor, atentando-se para que o furo fique próximo ao eixo de contato com a vela e não muito próximo de sua extremidade. 





Antes de montar a rolha, atente-se para que o fio seja passado pelo buraco lateral do aquecedor antes de montar as extremidades dos fios. 



  

Com essa etapa pronta, descasque as extremidades dos fios e faça pequenas argolas, como mostra a imagem. Depois disso, estanhe as argolas para que fiquem rígidas e não se desfaçam com o manuseio dos fios, assim ficará mais fácil prende-los na rolha.




 Nesta etapa vamos prender os fios na rolha. Coloque o parafuso na arruela e a argola do fio embaixo da arruela, assim a arruela fará pressão no fio e se dará o contato elétrico, sendo o parafuso o ponto mais alto e assim fazendo o contato no polo interno do Glow. Para que a fixação dos fios fique firme e não se solte, pingue três gotas de cola de CIANOCRILATO (Super Bonder) na rosca do parafuso e aperte rapidamente no centro da rolha.

 


Instale a rolha no seu GLOW e pronto, essa etapa está terminada.



  
Pronto, agora é só partir para a construção da Placa de Circuito Impresso (PCI)

A Placa de Circuito

Este esquema eletrônico foi desenvolvido pelo Hobbysta Tony van Room. Ele levantou todos os componentes e fez vários testes, uns falharam e outros foram aprimorados. Aqui vamos apresentar o último esquema que deu certo do Tony, de 2004, e logo abaixo uma versão atualizada da placa com algumas coisas corrigidas de 2009.
Esse é o esquema de 2004.




Placa de Circuito com os Componentes Instalados



Lista de peças:
  
Todos os resistores, exceto RM, (metal-film recomendado) são de 1/8 watt (1/4 watt de carbono) e nada menos que 5% de tolerância.


C1 = 100uF/16V eletrolítico R1 = 100 Ohm, 1/2 watt 1 jack vermelho

C2 = 10nF, cerâmica R2 = 1K 1 jack preto

C3, C4 = 10nF, mica R3 = 1K 1 amperímetro, 1 a 6 - amp (dc)

Q1 = TIP42C R4 = 4K 7 1 botão para potenciômetro

Q2 = NTE123AP R5 = 750K 1 coolrib para Q1

D2 = 1N5401 RM =.2 ohm/10W

D1, D3 = 1N4002 P1 = 100K

D4 = 1N4148F aqui vai uma sugestão para um completo Painel de energia

IC1 = LM555


Algumas possíveis substituições, use sob sua conta e risco, não há garantias:

Para Q1 = TIP32C, TIP42, TIP42A (ou B), NTE332, ECG332.

Para Q2 = 2N3904, BC547, (ou A ou B), BC550, TUN Europeu.

Para D1, 3 = NTE116, ECG116, tente outros.

Para D2 = NTE5801, tente outros.

Para D4 = NTE519, ECG519, além de outros tipos de 1N4148x trabalharam.

Para IC1 = NE555 TLC555, MC1455, HC555, NTE955M, ECG955, etc.

O NTE123A não parece funcionar e não é exatamente o mesmo que o tipo de 'AP'.

O 2N2222(A) não funciona no protótipo, cria um curto circuito.
Os ECG e NTE/ECG substitutos são feitos por Sylvania (Philips).

Conexões dos Pinos



Placa de Circuito Impresso da Versão aprimorada de 2009         
  


 Para todos os componentes, os substitutos estão funcionando bem. D1 e D3 são diodos 1N4002 regular. Você pode substituir com o 1N4001 ou 1N4003. D4 (1N4148F) é um diodo de silício de comutação ultrarrápido com um prv 100V. O 1N4148 é muito comum mas funciona também.
D2 (1N5401) é um diodo de potência 3A/100V prv.

Q1 é um transistor/interruptor PNP com opção de TO-220, 6A, 80/100V, 65 watts. Não tenha medo de experimentar e não esqueça de colocar um dissipador de calor sobre o  TIP42C, isso pode ser necessário. Q2 é um transistor de NPN silício, AF/RF Amp/Driver, para a unidade Q1. Tente combinar os parâmetros de corrente/tensão tão próximo quanto possível e certifique-se de que é capaz de alimentar Q1. Tome cuidado com o transistor que você usar para Q1 ou Q2, certifique-se da orientação do Emissor, Base e Receptor. Os transistores (Q2) são sempre os emissores. Lembre-se, Q2, como mencionado anteriormente, deve ser um alimentador tipo transistor (ou perto disso) em ordem para que possa fornecer a corrente suficiente para Q1.

Todo esse circuito faz com que a corrente seja controlada de forma suficiente para  (através de P1) manter uma vela acesa sob várias condições.
No que diz respeito ao valor de R5 750K, é bom combinar diferentes resistores para obter esse valor. Foram usados dois resistores 1 M 5 em paralelo. Funciona bem! Assim como 680K + 6M 8 (754K).

O temporizador CMOS, MC1455P, pode ser substituído pelo LM ou NE555 e são compatíveis pino a pino. A versão CMOS usa menos energia e sua tensão de funcionamento é de 2-18 volts contra o regular 555 que vai de 4.5-18 volts. Por outro lado, o MC1455P não é tão resistente como o 555. O medidor de amperes não é obrigatório, mas caso queira instalar, vai do seu gosto, mas não é necessário e aqui não vamos utiliza-lo. 

Quando uma vela for conectada ela funcionará como um interruptor LIGA/DESLIGA para o circuito de alimentação, Q2 é ativado e alimenta Q1, que por sua vez fornece energia suficiente para acender a vela que terá sua incandescência ajustada pelo potenciómetro P1. C2, C3, C4 são os capacitores de filtragem enquanto C1 mantém a tensão sobre a vela constante. Diodos D1/D3 são diodos de bloqueio impedindo o sinal de realimentação.


  
Testes
Montagem pronta:

Para testar, basta inserir uma vela no aquecedor e começar a ajustar o potenciômetro. Não é necessário ligar nenhuma chave, já que o circuito se desliga sem a carga da vela.
  
O circuito funciona com tensões de 8 a 16 V, por isso não há problema se for conectado a duas baterias de 7,2V da caixa, que dá 14,4V.
Uma dica para as primeiras tentativas: Para dar partida no automodelo pela primeira vez com esse circuito, deixe o potenciômetro no mínimo, se o motor não pegar na primeira tentativa, aumente a intensidade no potenciômetro até a metade do curso total. Tente novamente. Se ainda não pegar, aumentar a intensidade gradativamente até pegar. Ao funcionar, diminua gradativamente a cada partida até encontrar o ponto ideal. 
Na prática, já aconteceu de o motor não pegar dando a impressão que ele estava afogando, mas foi só aumentar a intensidade no potenciômetro que o motor funcionou.

Para outras caixas e outros aquecedores não deve haver muita diferença, vai de cada um adequar a placa dentro da caixa numa posição que melhor convier, só não esqueça de que existem partes móveis lá dentro como polias, correias, além do interruptor que aciona o motor e que a fiação deve ficar longe destas partes. 
Alguém pode sugerir fixar os fios diretamente dentro do aquecedor sem ter que usar a rolha como suporte, mas a ideia é mantê-lo o mais “original” possível, ou seja, a qualquer momento se retira o cabo e a rolha e coloca-se uma bateria novamente e ele volta a ser como era antes, só ficará o furo, que não influi em nada. 
Com uma variação de 8 a 16v de entrada, com tempo de pulso mínimo de 50uS, repetição do tempo em min = 10mS (100Hz), ciclo = 0,5% e tempo de pulso máximo = 1000uS, 9mS (111Hz), ciclo = 11%, tudo funciona perfeitamente.

A PCI(Placa de Circuito Impresso) não foi feita levando-se em consideração o menor tamanho possível, com 72mm x 50mm ela poderia ser menor do que a apresentada aqui, porém temos bastante espaço nas caixas de partida testadas.  
Foi testado um Power Panel 100 da ROBBE para comparação, e o resultado foi bastante satisfatório: 

Tempo de pulso mínimo = 55uS, tempo de repetição em min = 7mS (142Hz), ciclo = 0.78%
Tempo de pulso máximo = 1200uS,
Repetição de tempo em max = 8mS (125Hz ), Ciclo de dyty = 15% 
A mesma vela foi usada e ajustada à mesma potência, mas o Robbe usa 750mA em 12v assim a eficiência é muito mais baixa, além de ser muito instável que, para diminuir a oscilação, foi instalado um capacitor de 1000uF no polo Positivo da bateria.

Por: Marco Daher

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sábado, 16 de março de 2019

Nitro x Elétricos! Qual é o melhor pra mim?

Qual tipo de modelo escolher?


O argumento mais antigo no “Manual do Hobbista” em torno de Automodelos de Rádio Controle é a escolha do tipo de motor. Os cabeças veteranos entre nós dirão o NITRO que, segundo eles, é a única maneira de ir para uma experiência realista no Automodelismo. Já os mais novos e técnicos vão dizer que é o incrível desempenho dos sistemas elétricos atuais, os motores Brushless, e a natureza hassle-free(sem trabalheira) dos Automodelos Elétricos. Existem muitos fatores a considerar ao se escolher um Automodelo e o tipo de sistema de propulsão. Em última análise, a opção que você optar vai depender da experiência que você deseja ter e o tempo que deseja gastar com esse Hobby de R/C, vamos analisar alguns dos prós e contras de ambas as opções.


1. Simplicidade

EP - O cerne do debate entre nitro e elétricos, que é a simplicidade de utilização, provavelmente deverá ser essa a maior consideração para sua nova compra. Com um Automodelo EP (Eletric Power), temos muito menos coisas acontecendo e isso nos dá menos pontos de falha ou quebra, então o modelista terá uma experiência mais confiável. Um motor Brushless e um ESC exigem quase nenhuma manutenção e a menos que você esteja correndo na chuva e seu equipamento molhar, há uma grande possibilidade de apenas um jato simples com ar comprimido resolver o problema e você poderá voltar a andar. Na maioria das situações hoje em dia, um Automodelo EP é alimentado por uma bateria de LiPo (lítium polímero) e tudo o que você precisará ter é um monte dessas pré-carregadas e prontas para mais uma sessão de muita adrenalina. O outro fator muitas vezes esquecido é que todos nós normalmente já temos experiência com carregamento de baterias de alguma maneira em nossas vidas, como o seu SmartPhone, dispositivo de Tablet PC, NoteBook ou outra tecnologia, compreendendo assim a carga e a recarga já tornaram-se inerentes em nossas vidas cotidianas.



NITRO - Os motores Nitro são certamente muito menos simples, mesmo o equipamento necessário para levar com você exige mais preparação: Um Aquecedor de Vela(Glow) sempre carregado, Combustível, Almotolia, Velas sobressalentes e Mesa de Partida (alguns motores possuem equipamentos para dar partida, outros usam Pull-Start ou Recoil) isso tudo é necessário para você acionar o seu motor Nitro e mantê-lo para um dia de corridas ou mesmo uma brincadeira. Automodelos Nitro também exigem mais manutenção intensiva, limpeza constante no motor e nos componentes circundantes que exigem verificações regulares em razão do óleo expelido pelo escapamento. Você deve estar ciente que passará um bom tempo limpando o Automodelo e certificando-se que a embreagem esteja em bom estado, que o filtro de ar esteja limpo, que os rolamentos estejam em boas condições, as baterias de uso do sistema de receptores do rádio estejam carregadas e boas para uso, os freios estejam sem óleo e limpos. 


2. Custo

Conforme o orçamento disponível no seu bolso para poder continuar a apreciar nosso Hobby, o Custo é um fator importante na separação entre Automodelos Nitro e Automodelos Elétricos. 

Normalmente você vai gastar quantias similares, focando uma configuração de Automodelos RTR(Pronto para Uso). Automodelos EP(Eletric Power) tem menos itens consumíveis, mas os itens individuais custam muito mais, baterias podem ser uma compra cara e a quantidade que você tem, correlaciona-se diretamente à quantidade de tempo de uso. Tendo apenas 1 ou 2 baterias você precisará recarregar várias vezes no mesmo dia em carga rápida, e isso também pode ser prejudicial para a saúde da bateria e afetar sua longevidade. Este é certamente um item que você não deseja substituir constantemente. O Nitro tem muito mais itens de consumo, mas a melhor parte é que a maioria deles é muito barata! Filtros de ar podem ser limpos e re-lubrificados muitas vezes até precisarem de substituição. A embreagem e os rolamentos não são substituídos frequentemente e valem apenas alguns dólares cada. As velas podem durar muito se forem ajustadas corretamente a carburação e a temperatura do motor. O custo mais caro é o combustível que os motores Nitro consomem. Mas se for contar o gasto, ele se torna mínimo dado ao tempo de uso. Um Automodelo consome 150ml de combustível em aproximadamente 8 minutos, ou seja, um galão que custa hoje cerca de R$ 180,00 vai durar cerca de 4 horas de brincadeira. Considerando que você pode continuar a encher o tanque e pilotar seu Automodelo ininterruptamente durante esse tempo todo, diferente dos Elétricos, essa se torna uma vantagem a ser levada muito em consideração.

3. Experiência e Desempenho

Os Automodelos Nitro trazem você a um outro nível de prazer para o hobby, caso você goste de mexer com o modelo em sua oficina e está disposto a aprender a melodia, então não há comparação possível para ter um motor acelerando a 40.000 rpm, ouvindo a mudança de marcha e sentindo o cheiro dos gases de escape enquanto você pilota passado em plena aceleração em uma reta. Especialmente se você está participando de uma corrida em um mini-autódromo feito para o Hobby, a emoção das finais, com várias paradas para reabastecimento nos boxes e uma boa equipe de “pit”, essa sensação não pode ser derrotada. Veja o vídeo como isso funciona.



Os Automodelos EP oferecem algo que você pode fazer em sua rua sem medo de perturbar a vizinhança, mas a vida da bateria sempre vai ser o fator limitante em razão de quanto tempo você pode manter recarregando suas baterias! Quando se vai ao máximo em desempenho, com a tecnologia Brushless nos dias de hoje, os Automodelos EP Powered são certamente impressionantes quando se trata de velocidade máxima e alto torque. Os Automodelos Nitro desenvolvem uma banda de energia muito mais amigável a medida que aumenta drasticamente a dirigibilidade, isto é em parte devido ao sistema de embreagem. Caso você queira que o motor despeje toda a potência de uma vez só, então um Automodelo com motorização EP Brushless com um pinhão grande vai ser difícil competir com ele.


Vantagens e Desvantagens(opinião da maioria pesquisada)

ELÉTRICOS

Vantagens:

  • Maior velocidade, visto que nos últimos anos, com o desenvolvimento de baterias e motores mais modernos, que aproveitam mais a energia, experimentou-se um boom dos automodelos elétricos, já que houve um barateamento dos equipamentos e o desempenho ficou muito superior aos modelos a combustão(Nitro ou Gasolina).
  • Aceleração instantânea dado ao torque ser despejado de forma uniforme e como um tiro.
  • A motorização ideal para os modelos indicados aos iniciantes com algum conhecimento ou àqueles totalmente leigos no assunto, são os modelos RTR(Ready To Run - Prontos para Uso), para começar basta carregar as baterias e ir correr. Não necessita conhecimentos prévios para poder começar a andar, é fácil e rápido.
  • Menor tempo gasto em manutenções e menos manutenções.
  • Utiliza apenas um Servo Motor para controlar a direção.
  • O motor não “morre”.
  • Não fazem sujeira.
  • Não fazem barulho que, neste caso como vantagem porque podemos andar e correr com eles em áreas residenciais sem despertar a ira de todos os vizinhos.
  • A entrega de potencia dos motores elétricos é mais linear, desta forma são mais adequados aos praticantes de DRIFT e CRAWLER.
  • Os pneus duram muito mais do que modelos a combustão. 
Desvantagens:
  • A duração das baterias ainda que se tenham obtido importantes melhoras neste sentido, com novos tipos de baterias ou baterias de maior capacidade, segue sendo um tempo limitado para cada bateria que, em modelos RTR pode oscilar entre 7 minutos e 30 minutos por bateria. Este ponto é facilmente contornável comprando-se vários packs de bateria, apesar do preço ainda ser um pouco alto, compensa pelo benefício.
  • A falta de barulho não trás muita emoção ao pilotar, apenas os vemos correr tanto quanto os a combustão, mas só fazem um zumbido. Falta a emoção do ronco dos motores, da mudança de marcha, do reabastecimento rápido, do cheiro peculiar do combustível queimado.


COMBUSTÃO

Vantagens:

  • O Barulho do motor é uma coisa difícil de explicar, mas o som dos motores na aceleração, na mudança de marchas, nas reduções é, para os amantes da mecânica e dos esportes a motor como Fórmula 1, Moto Velocidade, Rally e outros, é algo especial, uterino, inexplicável.
  • Pode-se correr por várias horas seguidas sem desligar o motor com apenas um galão de combustível.
  • Possuem boa velocidade e na maioria dos casos usam duas marchas de acionamento automático, o que os torna mais emocionantes na reta quando na aceleração total ouve-se a troca para a segunda marcha. 
Desvantagens:
  • Maior complexidade para ligar e regular o motor. É necessário ter o mínimo de noções de afinação de carburação. (Veja a Postagem de Como Regular um Motor Nitro - Clicando Aqui!)
  • Os motores são mais sensíveis a mudanças climáticas.
  • Mais sujeira graças ao óleo cuspido pelo escapamento e a poeira que gruda nesse óleo.
  • Muito mais cuidado com o motor e seus componentes para que não estraguem prematuramente.
  • O motor e o escape podem ficar a temperaturas maiores que 110ºC, o que pode causar sérias queimaduras.
  • Devemos aguardar um tempinho para modificar algo no carro logo após correr ou ter muito cuidado ao mexer quando ainda estivermos andando com ele.
  • O sistema de embreagem dificulta a afinação/manutenção, tudo deve funcionar sincronizadamente.
  • Possuem 2 servos, sendo um para a aceleração e freio e o outro para a direção.
  • O motor pode “morrer” por inúmeros motivos como afogamento, falta de combustível em alta aceleração, queima da vela, falta de compressão, sujeira na câmara de combustão, falta de ar suficiente para a mistura, carburação muito "gorda" ou muito "fina", etc...
  • A capacidade de aceleração depende da regulagem da carburação combinada com a regulagem da abertura da embreagem.
  • Fazem muito barulho sendo que era uma vantagem para uns que, pelo prazer de ouvir os motores subindo de giro, neste caso para outros é um inconveniente porque atrapalha os vizinhos e em alguns casos podem haver problemas para andar em áreas residenciais.
  • Pneus gastam mais rápido.

Então, como eu escolho?

Antes de comprar você precisa ser honesto e pergunte a você mesmo:

- O aspecto do motor Nitro faz sua cabeça revirar internamente? 

- Vai se sentir feliz de passar algum tempo sobre as ferramentas fazendo manutenção para manter seu Automodelo em condições de uso? 

Se assim for, a categoria NITRO será um bom passatempo e pode ser para você que mexer com motores pode ser metade do divertimento e os resultados finais serão uma experiência exclusiva e satisfatória Pilotando um Automodelo Nitro Powered de R/C. 

Caso você queira ser capaz de puxar o Automodelo do armário e ir de imediato já correndo, tendo muito menos manutenção envolvida ou se o nitro não lhe interessa, então os Elétricos serão sua melhor aposta. Os Automodelos EP são simples e uma ótima opção para o Hobbista que deseja a maior diversão para o mínimo de esforço.